29 de dez. de 2012

Que tal o cenário? A terra das Sombras - Meg Cabot


Quando leio um livro em que a história se passa num lugar que eu nunca visitei ou que nunca ouvi falar, mesmo que a imaginação seja sempre uma ótima escolha, sempre me dá vontade de saber como esse lugar realmente é. Pensando nisso, resolvi fazer um pouco diferente: ao invés de escrever uma resenha, vou tentar contar sobre o cenário de alguns livros. Dá para descobrir muita coisa bacana e talvez seja uma forma diferente de instigar futuros leitores. Para começar, vou contar um pouco do cenário da série "A mediadora", uma das séries mais famosas de Meg Cabot.

Em A terra das sombras, Meg Cabot inicia a série A mediadora e conta a história de Suzannah Simon, uma garota de 16 anos que pode ver e conversar com fantasmas. Suzannah perdeu o pai quando era bem pequena e morou a vida toda em Nova York. Até que sua mãe casou-se com Andy e então as duas precisaram mudar-se para o norte da Califórnia, mais precisamente para a cidade de Carmel. Segundo Suzy, Carmel era uma cidade linda e pacata, totalmente diferente de Nova York.

“(...) Já dava para sentir que não estávamos mais em Nova York. Quer dizer, para começar, era tudo limpo. (...) E sabe o que eu achei mais estranho? Ninguém estava brigando. Havia filas de passageiros aqui e ali, mas eles não estavam levantando a voz com os balconistas. (...) Lá fora o sol se derramava nas palmeiras que eu havia visto do céu. No estacionamento havia gaivotas ciscando – nada de pombos, gaivotas mesmo, grandes gaivotas brancas e cinzentas. (...) Todo mundo só ficava dizendo ‘Até logo! Tenham um bom dia!’. Completamente surreal.”

Pesquisando então, descobri que Carmel é uma pequena cidade que foi incorporada em 31 de outubro de 1916. Está situada a cerca de 150 km ao sul de São Francisco e é uma cidade basicamente turística, que ficou conhecida pelo fato de ter como prefeito o ator Clint Eastwood, entre os anos de 1986 e 1988.











Será que Meg Cabot inspirou-se nele para criar um dos fantasmas com quem Suze precisa lidar? Segundo Suzy, Jesse é um cowboy-fantasma bem bonitão. Ele surge do nada em seu novo quarto e ela tem que se desdobrar para descobrir quem ele é e o que ele pretende. Não que esse cara seja bonitão, mas...









Continuando, a cidade fica no coração da península de Monterey e possui várias galerias de arte e estabelecimentos hoteleiros. Também é famosa pelos ares sofisticados de suas lojas e restaurantes.









Suzannah também fala no livro o quanto ela se surpreende com o clima, já que na época em que se muda para a Califórnia, Nova York está com temperaturas baixíssimas, enquanto Carmel lhe dá ótimas ótimas oportunidades de ir a praia.





Mas o que mais me chamou atenção no livro foi o fato de que a escola em que Suze estuda, The Junipero Serra Mission School existe de verdade e ela realmente tem um tom de assombração. Eu acho que eu teria um medinho básico se tivesse que estudar lá, vejam:




A escola foi fundada dia 1 de novembro de 1776 pelo padre Junipero Serra e é bem tradicional e católica. Na história Suzy comenta sobre o fato de não se preocuparem com a segurança da escola, algo que seria totalmente improvável em Nova York. E a foto a seguir mostra bem isso. Veja como os portões são baixos e parecem nada resistentes:




Quando vi estátua que fica na frente do colégio (e que é super importante na história do livro) fiquei bem surpresa porque ela é exatamente como eu imaginei! Adoro quando essas coisas acontecem.


Interessante observar também que, de tanto ver filmes americanos, talvez nós sempre imaginemos que as escolas dos Estados Unidos tenham uma estrutura sempre nova e moderna e nunca tão antiga como essa. É legal para quebrar preconceitos, né?

Meg Cabot, em seu site oficial, explicou o porquê de ter escolhido Carmel como pano de fundo da história de Suze:

“Eu escolhi Carmel como uma definição porque quando eu e meus irmãos éramos crianças, nosso pai lecionou na Academia Naval em Monterey, CA. Fomos para a Escola da Missão Junipero Serra, como a Suzannah. Eu nunca esqueci a beleza de Carmel e o mistério assombroso da Missão, então resolvi escolhê-la.” 















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